A categoria ferroviária se orgulhava de ser uma das mais pujantes no cenário nacional. Aqui no Paraná e Santa Catarina, onde a SR.5 administrava, tínhamos dois grandes hospitais próprios, diversas cooperativas de consumo, uma malha ferroviária das mais produtivas, onde as receitas de transportes de cargas chegavam a atender as dificuldades de suas co-irmãs de outros estados, que não tinham o mesmo desempenho.
Tudo ruiu, seja por incompetência da categoria que não soube defender o seu patrimônio, seja por falta de visão dos governantes, muito mais interessados no modal rodoviário do que no ferroviário.
Perdemos hospitais, perdemos cooperativas, perdemos a própria empresa, extinta em 2007 e corremos o risco de ver um dos poucos patrimônios eminentemente ferroviário mudar de nome. É o que querem fazer com o atual edifício Engº Teixeira Soares, ora sob a administração da Universidade Federal do Paraná.
Alguns luminares lançaram a ideia de nominar de Engª Enedina Alves Marques o atual edifício situado nas esquinas das Avenidas 7 de Setembro e João Negrão, que por longas décadas serviu de sede para a administração, primeiro da RVPSC e depois da RFFSA.
Será que pelo menos desta vez não iremos acordar ? Vamos deixar de façam desaparecer mais um símbolo ferroviário de tantos que já se foram ?
É hora de conclamarmos as entidades ferroviárias existentes, como a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), Associação dos Engenheiros da Rede (A.E.R), Centro dos Ferroviários, Associação de Aposentados e Pensionistas Ferroviários (UNIFER), e Sindicatos Ferroviários (SINDIFER e SINDIMAFER) , para que defendam a manutenção da homenagem que se presta ao Engº Teixeira Soares, digno representante da engenharia ferroviária, não permitindo que proposta tão absurda possa prosperar. Que a UFPR enalteça a capacidade da Engª Enedina Alves Marques, da qual não se duvida, homenageando com seu nome uma das repartições internas do prédio (salas, laboratórios, etc).
Acorda ferroviário !